Quando o presidente Lula diz estar disposto a utilizar o "remédio mais amargo" para debelar a ameaça de inflação crescente está dada a senha para uma nova (e brutal) escalada dos juros. Sob a batuta de Henrique Meireles, de longe o homem mais poderoso do país, sem ter obtido um mísero voto para isso, será ministrada mais uma dose cavalar de aumento da taxa básica de juros internos, hoje na faixa de 11, 75% ao ano. Até dezembro, analistas prevêem que a Selic alcançará 14,75%, de longe a maior de todo o planeta.
Não se espere protestos dos felizes detentores de títulos da dívida pública brasileira. Eles vão muito bem, obrigado. Afinal, na Europa as taxas praticadas não ultrapassam 4%, nos Estados Unidos atingem apenas 2% e - pasmem - no Japão os especuladores se contentam com módicos 0,5% ao ano.
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