Com os sabres ao vento, sob o toque de atacar, as tropas do governo Ana Julia (PT) pretendem dar o golpe de misericórdia no movimento grevista dos educadores paraenses, que se estende por quase 40 dias. Não se trata, aparentemente, só de derrotar a greve, mas de aniquilar a única entidade do movimento sindical dos servidores que ousou enfrentar o padrão "linha dura" imposto pelos estrategistas palacianos. Calculam, talvez, que o desgaste à imagem da governadora já teria sido consumado e que, agora, não lhes interessaria mais qualquer saída negociada. Antes, pelo contrário. De provocação em provocação, pretendem levar o movimento a um beco sem saída, que possa justificar o pesado arsenal de medidas repressivas. Aliás, medidas que já estão sendo praticadas desde praticamente a primeira semana de paralisação, quando o governo do PT, em atitude inédita, resolveu levar o conflito à Justiça, criminalizando e sepultando, na prática, o princípio constitucional do direito de greve.
E se esse cálculo político estiver errado? E se o poço de impopularidade no seio da principal categoria de servidores públicos, ramificada nos 143 municípios, no qual mergulha a governadora não tiver fundo? Perguntas aparentemente sem sentido para um punhado de pretensos generais, cujas fardas engalanadas não são longas o suficiente para esconder as calças curtas que seus donos são obrigados a vestir.
2 comentários:
É Aldenor, as contas estão sendo feitas de maneira muito otimista. Outubro e Novembro estão pipocando por aí, não haverá tempo para esquecermos tão rapidamente o que estes "generais" estão nos fazendo. Bem lembrado o tamanho do poço: 143 m. A governadora que esqueça o candidatozinho dela, pois o inerte teve a chance em um ano de consolidar uma boa candidatura. Apenas manteve tudo de podre que ficou e ainda encastelou um monte de gente deslumbrada e mal-educada nas USE. Mas como canta maravilhosamente Mercedes Sosa "El tiempo pasa..."
a) Professor
Aldenor, que tipo de educador é aquele na capa do Liberal de hoje, fazendo sinais obscenos, em nenhum momento pensando no testemunho que um verdadeiro professor-educador deve sempre dar aos alunos na sala de aula e fora dela. Já deviam ter voltado à sala de aula há muito tempo. A greve na escola pública só beneficia o Estado e os professores ociosos. Os estudantes são sempre os prejudicados. Pense nisso.Agora voltaram derrotados, sem neunhum ganho e ainda desmoralizados. Teve alguma vantagem prejudicar ainda mais os alunos, que já são vítima de uma educação precária?
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