De 14 de abril de 2003, quando as primeiras tropas norte-americanas pisaram no Iraque, até hoje, pelo menos 92.614 civis tiveram morte violenta, em decorrência direta da guerra. Os dados são do Irak Body Count (IBC), uma ONG mantida por cidadãos britânicos, que baseia seus números em diversas fontes oficiais. Esse mar de sangue inocente serve de trágico cenário para a ação de rapinagem sobre um outro mar, das enormes jazidas de petróleo, que tem sido, ao longo das últimas décadas, a fonte de todas as desgraças do povo iraquiano.
O governo do Iraque, formado à imagem e semelhança dos interesses do Pentágono, acaba de anunciar sua disposição de conceder, sem licitação, a exploração das reservas de petróleo do País a um pool de empresas estrangeiras, não por mera coincidência, todas pertencentes aos países cujos soldados compõem as forças militares de ocupação. Desbancando outras 42 empresas, entre elas as poderosas concessionárias da Rússia, Índia e China, o contrato bilionário será entregue para a estadunidense Exxon Mobil, a anglo-holandesa Shell, a francesa Total e a britânica British Petroleum (BP).
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