"Nestas páginas unem-se o passado
e o presente.
Renascem os mortos,
os anônimos têm nome:
os homens que ergueram os palácios e os
templos de seus amos;
as mulheres, ignoradas por aqueles que
ignoram o que temem;
o sul e o oriente do mundo, desprezados
por aqueles que desprezam o que ignoram;
os muitos mundos que o mundo contém e
esconde;
os pensadores e os que sentem;
os curiosos, condenados por perguntar, e
os rebeldes e os perdedores e os lindos
loucos que foram e são o sal da terra".
Eduardo Galeano (1940), escritor nascido no Uruguai, mas detentor de passaporte de cidadão do mundo. A epígrafe consta de seu último livro, Espejos, lançado na Espanha, em abril último. Alguns trechos foram revelados com exclusividade na edição mais recente do Le Monde Diplomatique Brasil, que está nas bancas.
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