Por decisão da Justiça Federal do Maranhão, está paralisada a construção da usina hidrelétrica de Estreito, no Rio Tocantins, obra onde se pretende investir R$ 3,3 bilhões e gerar a potência instalada de 1.087 MW. A sentença, que veio depois de uma intensa mobilização dos movimentos sociais e de um árduo trabalho do Ministério Público Federal, determinou o cancelamento da licença ambiental da obra, que o Ibama concedeu em 2006. Motivo: os impactos socioambientais devem ser pesquisados em uma área muito maior a partir do lago que será criado, nada menos que 600 quilômetros ao sul e ao norte da barragem.
Não tardará para que recomece, a plenos pulmões, a gritaria do consórcio responsável por esta que é uma das principais obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), carinhosamente acalentado pelas pesadas mãos da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. O muro de lamentações reunirá, em sincronizadas denúncias contra os ditos "entraves ambientais", a multinacional Suez Energia e as gigantes da mineração Vale do Rio Doce e Alcoa, além da onipotente empreiteira Camargo Corrêa, sócias no empreendimento.
Um comentário:
Pois é, Dilma Roussef, quando jovem, pegou em armas contra a ditadura militar. Hoje, continua guerrilheira, mas contra o meio ambiente. Enfim, como já disse sem nenhum pejo o presidente Lula: na juventude a gente é de esquerda, mais velho torna-se de centro, e quanto mais velho, fica mais à direita. Isso é que se chama assumir...
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