Correta e oportuna a decisão da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) que negou a licença ambiental para o projeto de construção de uma usina termelétrica, a carvão mineral, com o uso da que a Vale pretende construir em Barcarena, nordeste do Pará. O EIA/Rima foi considerado insuficiente e incompleto para assegurar as garantias socioambientais de uma obra sabidamente poluente e de enorme potencial sobre uma região que já sofre com as plantas industriais que foram instaladas nas últimas duas décadas.
Segundo recomendação do Ministério Público Estadual, que serviu de subsídio à análise técnica da Sema, sequer a Vale conseguiu oferecer uma alternativa convincente ao tratamento gigantesca produção diária de resíduos que seriam depositados a céu aberto, além da emissão anual de 2,5 a 5 milhões de toneladas de carbono na atmosfera, em absoluta contramão do esforço mundial de combate ao efeito estufa.
Logo se vê que a gritaria de Roger Agnelli, sempre exigindo pressa na concessão das licenças para seus megaprojetos, tinha lá seus motivos. E a pressa nesses casos sempre será inversamente proporcional à preservação dos interesses coletivos.
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