A mega-fraude através da aprovação de projetos de manejo fantasmas na Secretaria de Meio Ambiente do Pará (antiga Sectam, atual Sema) pode ser bem maior do que foi revelado até agora. Segundo informações do Ministério Público Estadual além dos seis projetos já denunciados, pelo menos mais nove também teriam sido aprovados, a toque de caixa, no finalzinho do governo tucano, em dezembro de 2006.
Não custa lembrar que à época era secretário de Meio Ambiente, Raul Porto, irmão do deputado petebista Joaquim Passarinho. O envolvimento de Porto com a máfia de madeireiros ilegais não é novidade. Em 2007 ele caiu nas malhas da operação Ananias, da Polícia Federal, sendo preso por alguns dias justamente acusado de envolvimento com quadrilhas que fraudavam os documentos de transporte e comercialização de madeira.
É por isso que a fraude que tem Tailândia como epicentro pode ir muito além dos 120 mil metros cúbicos de madeira. Segundo algumas estimativas, pode chegar a 700 mil metros cúbicos, uma imensa floresta de falcatruas que pode ter distribuído dezenas de milhões de reais aos membros da quadrilha. Que falta faz uma operação "Mãos Limpas" que fosse fundo para pegar todos os envolvidos (sem deixar nenhum dos mandantes, operadores e beneficiários de fora da devassa).
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