A população do Rio de Janeiro sofre com a violenta epidemia de dengue - com muitas dezenas de mortes - e o prefeito da cidade, César Maia (DEM), ainda faz blague: diz que reza para que os mosquitos tomem o rumo do mar. Piada de mau gosto, enquanto não pára de crescer o número de vítimas fatais de uma doença perfeitamente evitável.
Sob o impacto da crise carioca, o Ministério da Saúde acaba de lançar um grave alerta: Belém é a capital que apresenta o maior risco de uma epidemia de dengue, por reunir, a um só tempo, a explosiva combinação de três fatores decisivos para a proliferação de sua forma mais letal: alto índice de infestação do mosquito transmissor; aumento do vírus tipo 2 e um elevado contingente de pessoas sujeitas à contaminação.
No Pará, também segundo dados do Ministério da Saúde, houve um aumento de 150% nos casos de dengue somente nas primeiras cinco semanas de 2008 em comparação com igual período do ano passado. Foram cerca de 3 mil novos casos notificados da doença, concentrados na Região Metropolitana de Belém e em Redenção, no sudeste do estado.
A irresponsabilidade das autoridades sanitárias está na raiz dessa crise anunciada. Mas ainda há tempo para que se evite o pior, desde que não se prossiga tentando encobrir o sol com a peneira dos discursos falsamente tranqüilizadores.
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