As cenas selvagens de linchamentos em Belém se repetem todas as semanas. Ontem, por exemplo, dois rapazes por pouco não eram trucidados por uma turba de taxistas que buscavam vingar a morte de um colega nas mãos de assaltantes. Os jovens brutalmente agredidos não tinham absolutamente nada a ver com o crime e por pouco não terminaram assassinados.
A Polícia Militar, como tem ocorrido com muita freqüência, chegou ainda a tempo de livrar as vítimas dos linchadores. Tem sido assim, seguidas vezes, em praticamente todos os bairros da capital e na periferia dos municípios da Região Metropolitana. Como sempre também ninguém foi preso por tentativa de homicídio ou por ter provocado lesões corporais a pessoas que tiveram o azar de cruzar o caminho dos supostos justiceiros. Este tipo de comportamento complacente com essa manifestação criminosa é também responsável pela disseminação dessa prática social nefasta.
Antes que se perca completamente o controle, as autoridades policiais precisam fazer cumprir a lei em toda sua extensão e profundidade. A população, em pânico com o aumento da violência e indefesa diante de uma criminalidade cada vez mais cruel, precisa perceber que a barbárie e a truculência não são jamais boas conselheiras.
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