quarta-feira, 19 de março de 2008

Carrascos voluntários

As cenas selvagens de linchamentos em Belém se repetem todas as semanas. Ontem, por exemplo, dois rapazes por pouco não eram trucidados por uma turba de taxistas que buscavam vingar a morte de um colega nas mãos de assaltantes. Os jovens brutalmente agredidos não tinham absolutamente nada a ver com o crime e por pouco não terminaram assassinados.
A Polícia Militar, como tem ocorrido com muita freqüência, chegou ainda a tempo de livrar as vítimas dos linchadores. Tem sido assim, seguidas vezes, em praticamente todos os bairros da capital e na periferia dos municípios da Região Metropolitana. Como sempre também ninguém foi preso por tentativa de homicídio ou por ter provocado lesões corporais a pessoas que tiveram o azar de cruzar o caminho dos supostos justiceiros. Este tipo de comportamento complacente com essa manifestação criminosa é também responsável pela disseminação dessa prática social nefasta.
Antes que se perca completamente o controle, as autoridades policiais precisam fazer cumprir a lei em toda sua extensão e profundidade. A população, em pânico com o aumento da violência e indefesa diante de uma criminalidade cada vez mais cruel, precisa perceber que a barbárie e a truculência não são jamais boas conselheiras.

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