O combate à impunidade é o mais eficaz caminho para emparedar a cultura da violência e de menosprezo aos direitos humanos presente nas próprias estruturas do Estado brasileiro. Quanto maior for a certeza de que não haverá complacência com as violações, maior também será o temor por parte dos agentes públicos autores ou cúmplices das barbaridades. O resultado do inquérito da Polícia Civil do Pará indiciando 12 pessoas, entre elas quatro delegados e cinco funcionários do sistema penal, pelas violências sofridas pela adolescente L., de 15 anos, no interior da delegacia de Abaetetuba, em outubro passado, sinaliza de forma bastante positiva para o enfrentamento de um quadro de barbárie que, infelizmente, não está restrito a um único episódio.
Que o mesmo rigor seja aplicado a todas as denúncias de torturas e maus-tratos contra detentos sob o abrigo do Estado, que vêm se avolumando nos últimos meses.
Aguarde-se, agora, a palavra do Judiciário, de onde emanam insistentes indicações de que o corporativismo arma um cerco protetor em torno da juíza Clarice Maria de Andrade, à época titular da 3ª Vara Criminal da comarca de Abaetetuba.
Um comentário:
Oi Aldenor, falta enquadrar a promotora do caso também!!!!!!!!
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