Matéria do Jornal da Band, exibido ondem à noite, trouxe à tona a grave crise da saúde pública no Pará. A superlotação da Santa Casa em Belém e o drama dos pacientes - no caso, uma criança vinda do município de Breves, no Marajó - foram mostrados sem reroques. Desespero, choro e revolta, sem que tudo isso pudesse alterar a rotina de um hospital que já se encontra saturado. Na UTI neonatal, por exemplo, mais de 40 bebês se acomodavam num espaço que tem capacidade para apenas a metade. Situação de completo caos.
A "nova" secretária de Estado de Saúde, Lauro Rosseti, outra indicada de Jader Barbalho (PMDB), dá a resposta padrão. Ainda toma pé da situação da área - como se não fosse continuidade da política de um mesmo governo e, além disso, de um mesmo grupo político. Repete a promessa recorrente dos hospitais regionais, que seriam construídos em Breves e em Tailândia, sem se dar ao trabalho de explicar o fato de que nem onde essas unidades já estão construídas funcionam com algum grau de resolutividade.
Instaura-se um corredor da morte, onde os profissionais de saúde são obrigados a escolher, dia após dia, quem vai merecer a chance de sobreviver, descartando aqueles a quem o poder público condena a um lento e doloroso padecimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário