Hoje, há 44 anos, consumava-se a quartelada que depôs o governo legítimo de João Goulart. Os ecos dessa infâmia estão aí, enraizados e profundos, na estrutura autoritária da sociedade brasileira.
A truculência militar que se estenderia por longos 21 anos deixou marcas difíceis de curar. Tanto mais difícil quanto menor a coragem e mais abundante o pragmatismo dos presidentes civis de 1985 para cá. Todos, em maior ou menor escala, coniventes com a preservação de privilégios fardados, que têm seu maior símbolo na não apuração de crimes - imprescritíveis - cometidos sob o amparo de uma abrangente e equivocada interpretação da Lei da Anistia de 1979.
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