segunda-feira, 10 de março de 2008

Cultura da violência

Uma pesquisa da Agência Nova S/B em parceria com o Ibope que O Globo publica traz números assustadores. Escancara as profundas contradições da auto-imagem do brasileiro, progressista da boca para fora, condescendente com a tortura e avesso ao respeito às diferenças.
Um número chama a atenção: 26% dos entrevistados aprovam a tortura como método para obter informações. Quando esse mesmo quesito passa pela clivagem da renda revela uma percepção diferente entre os que podem ser - e geralmente são - vítimas dos "métodos" das "tropas de elite": entre os que recebem até um salário mínimo esse percentual não ultrapassa 19%, chegando a quase a metade (42%) da parcela mais abastada (acima dos cinco salários mínimos).
Resultados preocupantes em um país que precisa encontrar seu caminho. Conhecer sua face verdadeira, muitas vezes terrivelmente contraditória, pode ser o primeiro passo.

Um comentário:

Anônimo disse...

A população carcerária do Brasil e do Pará, segundo o sistema penintenciário, é constituida de jovens em sua maioria de 19 a 25 anos, semialfabetizados, negros ou pardos, sem profissão definida ou braçal e miserável... isto talves explique onde a policia é efiente