As forças do mercado vão pressionar ainda mais a devastação das florestas e provocar outros impactos ambientais de grande monta neste ano. A exportação de commodities em 2008 deve dar um salto para U$ 100 bilhões, mais de U$ 35 bilhões em relação a 2007, um crescimento de 33,3%. A demanda mundial permanece aquecida, apesar da crise da economia dos Estados Unidos. A China, a Índia, principalmente, mantém a forte procura por produtos como a soja (82% mais valorizada frente aos preços do ano passado) ou o minério de ferro, que terá reajuste em média de 65% no período.
De olho em gordos faturamentos, o agronegócio e a indústria mineral vão continuar sua cruzada contra o que identificam como "entraves ao desenvolvimento", principalmente as alegadas restrições impostas pela legislação ambiental brasileira.
Com o país regredindo para uma economia cada vez mais dependente da exportação de produtos primários ou semi-elaborados - de baixíssimo valor agregado - deve-se esperar uma nova temporada de intensa pressão para expandir as fronteiras da devastação, em especial na região Amazônica, com tal força que as espetaculares operações do governo federal poderão redundar em nada. Ou quase nada.
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