Até Bill Clinton, quem diria, caiu na rede do Grupo Móvel que combate o trabalho escravo no Brasil. O ex-presidente norte-americano foi flagrado submetendo trabalhadores a condições análogas à escravidão em Goiás e Mato Grosso. Explique-se: a Brenco, empresa multinacional que chegou ao país para explorar o filão dos agrocombustíveis e tem Clinton como um de seus proprietários, logo se adaptou às condições vigentes no trabalho no campo. Passou a contratar "gatos" para intermediar mão-de-obra e, junto com eles, instalou verdadeiras senzalas às proximidades das vastas fazendas que adquiriu no Centro-Oeste brasileiro.
Em operação do Grupo Móvel do Ministério do Trabalho e Emprego foram libertados 17 trabalhadores localizados em condições degradantes. Estavam passando fome e dormindo em colchões molhados. No total, foram localizados 1500 trabalhadores em condições precárias. Todos iam trabalhar na colheita da cana-de-açúcar.
Não é por acaso que mais da metade das libertações de 2007 ocorreu em canaviais, demonstrando que é neste setor em expansão que se localiza o novo vetor de crescimento da escravidão moderna no Brasil.
São sócios da Brenco outras figuras do alto mundo dos negócios nos Estados Unidos: Stephen Case, fundador da AOL, James Wolfensohn, ex-presidente do Banco Mundial, e Vinod Khosla, fundador da Sun Microsystems. Tudo gente muito fina, mas sem quaisquer escrúpulos quando se trata de maximizar lucros às custas do sangue do trabalhador brasileiro.
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