Enfrentar os grandes monopólios no mercado editorial brasileiro não é uma tarefa fácil, mas nunca foi tão necessária e urgente. É justamente isso que a editora Casa Amarela está fazendo ao colocar nas bancas, em todo o país, uma série de livros indispensáveis sob o selo da Coleção Caros Amigos. Um desses títulos, que deveria se tornar leitura obrigatória em todas as escolas do país, é "Hamuxi, o massacre dos Yanomami e as suas conseqüências", da jornalista inglesa Jan Rocha (2007, tradução de Rubens Galves Merino, 143 páginas, R$ 28).
Quem ainda se lembra do massacre de 16 indígenas yanomami em julho de 1993 na fronteira do Brasil com a Venezuela? Quem dedica alguns minutos do seu dia para reverenciar a memória de homens, mulheres e crianças chacinados por garimpeiros que invadiram a terra indígena enlouquecidos pela febre do ouro? Pois bem, Hamuxi, denominação da aldeia destroçada pela violência assassina, entrou para a história como o primeiro caso reconhecido como genocídio no Brasil, através de uma inédita decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) adotada em 2006. Isso em um país construído, desde 1500, sobre a prática sistemática do extermínio das populações e culturas originárias.
Sobretudo para a juventude - e para os que não perdem a esperança - trata-se de uma leitura mais que obrigatória.
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