O governo colombiano invadiu o território do Equador e massacrou 17 insurgentes das FARC, incluindo seu número 2, Raul Reyes, neste sábado. O ato de agressão envolveu forte bombardeio aéreo seguido de incursão de tropas terrestres que avançaram pelo menos dois quilômetros em território equatoriano. A justificativa, como não poderia deixar de ser, repete a cantilena do governo Bush: contra o "terror", tudo é permitido, inclusive violar a soberania do país vizinho.
A pronta reação do presidente Rafael Correa, que mandou retirar seu embaixador de Bogotá e lançou uma dura nota diplomática protestando contra a invasão de seu território, dá a exata dimensão do incidente. Mas a postura mais dura coube à Venezuela. Além dos protestos formais, o presidente Hugo Chávez ordenou a imediata mobilização de tropas - 10 batalhões do exército, incluindo tanques - para a fronteira com a Colômbia. "Não queremos guerra, mas não vamos permitir que o império nem o seu filhote nos venha debilitar", afirmou Chávez às agências internacionais de noticias.
Aguarda-se a palavra oficial do Itamaraty. Ou o Brasil vai silenciar diante de mais esta agressão made in USA?
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