Operários de sonhos, aqueles nove, apenas nove, traziam sobre os ombros o pesado fardo de séculos de resistência. Eram poucos e representavam apenas 73 militantes, gatos pingados, agulhas num imenso palheiro. As mãos calejadas, de forjadores, de artífices de utopias, assinaram a ata, solenes. Niterói, 25 de março do ano da graça de 1922: estava fundado o Partido Comunista do Brasil.
Quase anônimos, quase esquecidos, são brasileiros cujos nomes deveriam, por justiça, identificar ruas, praças, escolas e hospitais. Relembrá-los, 86 anos depois, significa abrir uma pequena brecha na espessa cortina de silêncio e esquecimento.
Os nove, artesãos do por vir, com nome e sobrenome: Abílio de Nequete (barbeiro de origem libanesa), Astrojildo Pereira (jornalista do Rio de Janeiro), Cristiano Cordeiro (contador do Recife), Hermógenes da Silva Fernandes (eletricista da cidade de Cruzeiro), João da Costa Pimenta (operário gráfico paulista), Joaquim Barbosa (alfaiate do Rio de Janeiro), José Elias da Silva (sapateiro do Rio de Janeiro), Luís Peres(vassoureiro do Rio de Janeiro) e Manuel Cendón (alfaiate espanhol).
3 comentários:
Caro Aldenor Junior,
Bela lembrança da data histórica dos comunistas do Brasil e dos lutadores por uma nova sociedade.
Grande abraço,
Jorge Panzera
Caro companheiro Jorge Panzera,
seja muito bem-vindo ao Página. Este espaço é a casa de todos que se dispõe ao debate honesto sobre os desafios de nosso tempo.
É, também, o espaço de reencontro e de intercâmbio entre os que sustentam a busca de um mundo justo e radicalmente humano. Sem as feridas profundas da exploração e da opressão.
Um forte abraço em ti e em toda a militância do PCdoB.
Parabéns pela postagen, emocionante e ao mesmo tempo brasa pra fogueira da luta pela revolução brasileira
Rodrigo moraes
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