O polêmico Eik Batista e sua MMX ameaçam estender seus tentáculos para o território paraense. Com pompa e circunstância, executivos da empresa desembarcaram na pacata Curuçá para defender um projeto um porto flutuante na ponta da Tijoca. É claro, oferecem mundos e fundos em compensações "sociais e ambientais", alardeiam a oferta de "centenas" de empregos e sinalizam com a aurora de um novo tempo. O mesmo blá-blá-blá já tantas vezes repetido (e igualmente desmentido pela vida prática nestas últimas décadas de grandes projetos na Amazônia).
Para servir de alerta aos eventuais incautos: segundo dados do pesquisador Celio Bermann, professor do Programa de Pós-Graduação em Energia da Universidade de São Paulo, a mão-de-obra empregada para a produção de alumínio é 70 vezes menor que a gerada pela indústria de alimentos e 40 vezes menor que a gerada pelo setor têxtil.
Uma informação adicional, apenas para que acionem todas as sirenes para mais um desastre anunciado: o "porto flutuante" do mais novo bilionário da “Forbes” pretende se instalar em plena Reserva Extrativista Mãe Grande, com seus 37 mil hectares de floresta e suas mais de duas mil famílias de pescadores e moradores tradicionais. Depois, os porta-vozes do modelo devastador terão um bom motivo para espinafrar os tais "entraves ambientais" e pedir "agilidade" e "flexibilização" na análise e liberação de seus sempre mirabolantes projetos.
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quarta-feira, 19 de março de 2008
O brilho falso de velhas promessas
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Um comentário:
Será o fim de uma das áreas mais lindas e ainda intocadas no Pará. tudo em nome do aumento do lucro da Vale do Rio Doce e da MMX.
e o povo do pobre Pará continuará pobre!!!!!
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